Politica

Quatro entidades são suspeitas de irregularidades na execução dos convênios

Correio denunciou as ilegalidades na seleção de convênios para capacitação profissional em fevereiro e março

postado em 26/07/2011 07:53
No documento em que pede a intimação judicial do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o procurador da República Bruno Caiado de Acioli cita as reportagens publicadas pelo Correio, em fevereiro e março deste ano, que mostraram diversas ilegalidades na seleção e na execução dos convênios voltados à capacitação profissional. Em pelo menos quatro casos, as associações selecionadas são comandadas por filiados ao PDT ou por aliados políticos de Lupi, a principal liderança do partido.

As quatro entidades são suspeitas de irregularidades na execução dos convênios, com problemas que vão da ausência de alunos em sala de aula a saques de dinheiro sem comprovação legal. Um dos casos mostrados pelo Correio foi o da Federação Interestadual dos Mototaxistas e dos Motoboys Autônomos (Fenamoto), sediada em Goiânia e selecionada pelo ministério para capacitar motoboys do Distrito Federal. A entidade recebeu R$ 1,5 milhão, em duas parcelas, para empreender a capacitação dos profissionais. Na lista de alunos, foram incluídos nomes duplicados e até mesmo pessoas que não têm Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A, necessária para guiar motocicletas. O presidente da Fenamoto, Robson Alves, é um lobista filiado ao PDT e ;amigo; de Lupi, como ele mesmo se define.

Outras ilegalidades detectadas nas entidades contratadas pelo ministério foram fraudes na seleção, com a combinação prévia entre as concorrentes; uso do dinheiro em benefício próprio; uso da entidade contratada como instrumento de compra de voto por uma candidata a deputada do PDT; e até o sumiço de presidentes de organizações com o dinheiro liberado pelo ministério. Repasses chegaram a ser suspensos diante da grande quantidade de irregularidades. (VS)

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