postado em 27/07/2011 08:24
O s tucanos vão persistir na tentativa de convocar o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, na volta dos trabalhos do Congresso, na próxima semana. Depois de o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), descartar a análise do pedido da oposição durante o recesso parlamentar, os tucanos vão tentar votar o requerimento, inicialmente, na Comissão de Viação e Transportes da Câmara.Em pleno recesso, o PSDB queria ouvir Passos sobre as irregularidades que motivaram a demissão de 17 pessoas, incluindo o então ministro Alfredo Nascimento e os agora ex-chefes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot e José Francisco das Neves, da Valec. O líder tucano na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), recebeu ontem a informação de que Sarney só estará em Brasília a partir da semana que vem. Portanto, não haveria tempo hábil para convocar a comissão representativa do Congresso a fim de analisar a convocação de Passos.
;Nós vamos apresentar os requerimentos nas comissões temáticas assim que o recesso acabar, na semana que vem. Estamos fazendo o nosso papel de oposição;, afirmou. ;Não é possível que o Congresso deixe de cumprir sua função de fiscalizar. O Sarney tem noção da responsabilidade do cargo que ostenta;, criticou o deputado do PSDB de São Paulo. Os tucanos, no entanto, não se dão por satisfeitos apenas com os afastamentos dos servidores do Transportes e tentam minimizar a ação da presidente Dilma Rousseff. ;O governo não está agindo, está reagindo às denúncias;, afirmou Nogueira.
CPI
No Senado, o PSDB e o DEM continuam imbuídos da missão de fazer sair do papel a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Transportes. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) já tem 23 das 27 assinaturas necessárias para criar o colegiado.
O governo já considera praticamente encerrada a crise nos Transportes, aguardando apenas as nomeações dos novos chefes do Dnit e da Valec. Acredita, por isso, que a oposição não terá sucesso na convocação de Passos ou na CPI dos Transportes. Mesmo assim, vai monitorar a coleta de assinaturas e os requerimentos para evitar ser surpreendido.