Quatro dos 36 presos durante a Operação Voucher da Polícia Federal, que desmantelou uma quadrilha que fraudou convênio do Ministério do Turismo e desviou recursos públicos, conseguiram habeas corpus e devem ser liberados ainda hoje.
O primeiro a ter a liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1; região foi o ex-deputado federal Colbert Martins, secretário de Promoção e Desenvolvimento do Turismo. A informação é do advogado de defesa de Martins.
[SAIBAMAIS]O diretor de licitações da Fundação Universa, Dalmo Antonio Tavares Queiroz, outro envolvido no escândalo, também foi beneficiado por um pedido de habeas corpus nesta tarde. A expectativa da defesa é que os dois deixem a penitenciária no Amapá ainda hoje. Jorge Fukuda, especialista na área de transportes e um dos diretores do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), e a servidora do ministério Gláucia de Fátima Matos também tiveram liminar de soltura concedida e sairão da superintendência da PF em Macapá (AP) a qualquer momento. Outros pedidos de habeas corpus já estão na mesa do juiz e a tendência é que os demais presos sejam liberados.
Contratada por meio de um convênio com o Ministério do Turismo, a Ibrasi é acusada pelo Ministério Público Federal de ter recebido parte dos R$ 4 milhões liberados por meio de emenda parlamentar, para programas de qualificação, sem ter realizado o serviço previsto.
Dos 36 detidos em São Paulo, Brasília e no Amapá, na última terça-feira (9), 18 já haviam sido libertados na quarta-feira (10). Os 18 que continuam presos são aqueles contra quem a Justiça expediu mandados de prisão preventiva para que não atrapalhassem as investigações. Entre esses, está o secretário executivo do ministério, Frederico da Silva Costa.
* Com Agência Brasil