postado em 18/08/2011 07:40

Rossi escreve que sua mulher e seus filhos pediram para que ele deixasse o cargo. ;Minha esposa e meus filhos me fizeram carinhosamente um ultimato para que deixasse essa minha luta estoica mas inglória contra forças muito maiores do que eu possa ter. Minha única força é a verdade. Foi o elemento final da minha decisão irrevogável.; O ex-ministro reclamou que foi vítima de denúncias sem fundamento que atingiram pessoas de sua relação pessoal. ;Contra mim nem uma só acusação conseguiram provar. Mas me fizeram sofrer e aos meus. Não será por qualquer vaidade ou soberba minha que permitirei que levem sofrimento a inocentes.;
Na longa carta que sela sua gestão de um ano e meio à frente do Ministério da Agricultura, Rossi afirma que a maioria das acusações contra ele vieram de pessoas que respondem por conduta irregular e que até mesmo inimigos de Ribeirão Preto tiveram voz para relatar problemas em sua gestão. ;Usaram para me acusar, sem qualquer prova, pessoas a quem tive de afastar de suas funções por atos irregulares. O principal suspeito de má conduta no setor de licitações passou a ser o acusador de seus pares. Deram voz até a figuras abomináveis que minha cidade já relegou ao sítio dos derrotados e dos invejosos crônicos;, ataca o ex-ministro.
Agradecimentos
Na despedida, Rossi elogia a atenção que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff dispensam à Agricultura. Setores da citricultura, do café e da pecuária ; áreas com que o ex-ministro sempre teve proximidade ; foram homenageados na carta de demissão. Rossi lembrou a política do preço mínimo para os produtores de laranja, o consenso na cadeia produtiva do café e a criação de linhas de financiamento para a pecuária e indústria canavieira.
Com a demissão de Wagner Rossi, o cargo de ministro será ocupado interinamente pelo secretário executivo José Gerardo Fontelles.