postado em 06/09/2011 07:59
Se depender do presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), não haverá aliança entre o partido e o PT na eleição para prefeito de São Paulo. ;Essa hipótese de apoiarmos o PT no primeiro turno é zero. Seja quem for o candidato, Gabriel Chalita é candidatíssimo e a pesquisa mostra que estamos certos;, diz. O PMDB comemorou ontem os resultados da pesquisa Datafolha, que apontou Chalita com até 5% das intenções de voto, dependendo do cenário analisado. O otimismo diz respeito à baixa rejeição do deputado federal. Enquanto Marta Suplicy (PT), por exemplo, obteve 30%, a de Chalita é de 12%.De um modo geral, os peemedebistas ficaram felizes com o fato de o PT ter aprovado a aliança entre os dois partidos para as eleições de 2012, mas, nas duas principais cidades do país, o PMDB não abre mão de liderar a chapa. ;Teremos imenso prazer em fazer alianças, mas em São Paulo já temos candidato;, afirma Raupp. O mesmo vale para o Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes (PMDB) tentará a reeleição. De gesto em gesto, o PMDB consolida aos poucos a pré-candidatura de Chalita e se afasta da hipótese de aliança ao PT em São Paulo ; mesmo com a chance de Chalita pular para o Ministério da Educação. Diante da indefinição do PT, Chalita vai se consolidando como candidato.
Reeleição
A decisão do PMDB de segurar seus candidatos e tentar a reeleição onde for possível está diretamente relacionada à desconfiança em relação ao PT. O partido de Michel Temer não ficou nada satisfeito com os ataques ao vice-presidente da República e ao presidente do Senado, José Sarney (AP), durante o 4; Congresso do PT, no último domingo. O evento aprovou a aliança com todos os partidos da base governista e deixou aberta a possibilidade de coligação com a oposição.
Inicialmente, os peemedebistas não pretendem fazer nada contra o PT, até porque o resultado do congresso foi favorável. Os petistas não só aprovaram a aliança como deixaram o PMDB e os aliados mais conservadores no mesmo patamar do PCdoB, do PSB e do PDT, históricos companheiros de chapa dos petistas. O saldo positivo do congresso, entretanto, não será suficiente para que o PMDB desista de lançar candidato em São Paulo. Em conversas reservadas, os peemedebistas têm dito que a forma correta de retribuir ao PT a abertura para coligações é aprovar um documento no mesmo tom. A reunião do partido para definir a política de alianças para 2012 está marcada para 15 de setembro.