Politica

Pedro Simon faz apelo a oposicionistas contra criação de CPI da Corrupção

postado em 08/09/2011 16:50


Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo à oposição no Senado para um entendimento no combate à corrupção. O senador observou que embora as Comissões Parlamentares de Inquérito sejam positivas, neste momento é necessária a união entre oposicionistas e aliados do governo para promover as mudanças necessárias.

"Nesse movimento, para ele poder dar certo, temos de ter grandeza. Ele não pode ter as cores nem os sentimentos partidários contra ou a favor", disse o senador, dirigindo-se ao líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).

Até agora, 126 deputados e 20 senadores assinaram o pedido de criação de uma CPI mista para investigar a corrupção no governo. Para que a CPI seja criada, são necessárias as assinaturas de 171 deputados e de 27 senadores.

Além de se dirigir à oposição, Pedro Simon afirmou que o governo não pode tentar "esmagar" os oposicionistas e rebateu críticas de líderes do PT aos parlamentares que fazem parte da Frente de Combate à Corrupção. De acordo com alguns petistas, o movimento estaria imitando Carlos Lacerda na campanha que fez contra Getúlio Vargas. "O PT e os seus líderes tem que sair da sua soberba", criticou o senador, que negou qualquer semelhança entre os movimentos.

Jovens
O senador elogiou a marcha pela corrupção realizada durante as comemorações da Independência do Brasil, na quarta-feira (7/9) em Brasília, movimento que, segundo ele, reuniu 40 mil pessoas. "Ontem não foi um dia comum. Ontem foi um dia excepcional na história do Brasil. Ontem foi um dia realmente extraordinário - comemorou o senador ao citar manchetes dos jornais sobre a manifestação".

Simon também elogiou a organização do movimento por meio das redes sociais e a participação dos jovens, que comparou com o movimento das Diretas Já. Para ele, o movimento não será em vão. "O que ali começou não vai parar; vai ser levado adiante e vai ter resposta".

Apesar de considerar as manifestações importantes, o senador disse que é necessário que o movimento eleja princípios, como o fim da infidelidade partidária e a mudança na lei para que corrupção de torne crime hediondo. Para ele, os jovens podem fazer o que o Congresso, sozinho, não fará.

"Vocês, jovens podem fazer aquilo que nós não temos condições de fazer. Deste Congresso, meus jovens, só nós, não sai nada", afirmou Simon, que falou sobre brechas nos projetos da reforma política que estão sendo apreciados no Senado.

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