postado em 11/09/2011 08:12
Os 10 anos da morte do prefeito de Campinas (SP), Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, foram lembrados com manifestações de familiares e amigos cobrando esclarecimento do caso. O grupo se reuniu logo cedo na praça da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, no centro da cidade, e clamou por justiça. As homenagens incluíram também uma missa, uma apresentação da Orquestra Sinfônica do município e um ato ecumênico no mesmo local do assassinato.Na terça-feira, a viúva de Toninho, Roseana Garcia, que mantém o site quemmatoutoninho.org, voltou a pedir a federalização das investigações, durante encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Se não houver desdobramento na esfera federal, ela já informou que vai recorrer à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A viúva diz não ter dúvidas de que o crime teve motivação política.
Aos 49 anos e eleito um ano antes, Toninho do PT morreu ao levar um tiro na noite de 10 de setembro de 2001, ao sair do Shopping Iguatemi, em Campinas. O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil de Campinas e pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa. Em seguida, o Ministério Público Estadual apontou a quadrilha do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, como responsável pelo assassinato, mas o juiz José Henrique Torres não aceitou a denúncia. No fim de 2010, as investigações foram reabertas.