Politica

Dilma afasta hipótese de medidas mais duras para combater impactos da crise

postado em 03/10/2011 11:57
A presidente Dilma Rousseff afastou nesta segunda-feira (3/10) a possibilidade de serem adotadas medidas mais duras de ajuste fiscal na tentativa de combater os impactos causados pela crise econômica internacional. Para Dilma, medidas que chamou de ;extremamente recessivas; foram executadas nos anos de 1980 e 1990 no Brasil e geraram resultados negativos. Segundo ela, os ajustes adotados naquela ocasião levaram à ;estagnação e ao desemprego;.

;O Brasil está fazendo o que é possível para reduzir os impactos da crise [econômica internacional];, disse a presidente. ;Os países devem agir para evitar que seus povos vivam o desemprego e perdas dos direitos sociais;, acrescentou, depois da reunião com o primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme.

Dilma disse ainda que, apesar das dificuldades causadas pela crise econômica internacional, o Brasil consegue dar continuidade aos programas de desenvolvimento. ;Mesmo durante a crise econômica seguimos desenvolvendo;, disse ela. ;[O nosso] crescimento econômico coincide com a inclusão social e o empenho tecnológico.;

[SAIBAMAIS]A presidente e o primeiro-ministro se reuniram por cerca de uma hora hoje, na sede do governo belga, quando a crise econômica internacional dominou a conversa. Segundo Leterme, os governos devem adotar medidas que mantenham o poder de compra e a capacidade de crescimento econômico de suas regiões.

Leterme evitou opinar sobre a possibilidade de os países do Brics ; grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul ; ajudarem os europeus que sofrem de maneira mais intensa os efeitos da crise. Segundo o primeiro-ministro, essa deve ser uma decisão tomada pelo conjunto da União Europeia.

A Bélgica vive há cerca de um ano e meio um momento político atípico. O atual primeiro-ministro pediu demissão, depois houve uma insistência do rei belga Alberto II e ele retornou ao cargo, estando interinamente no poder. A polêmica que cerca o governo belga é a tensão que envolve os francófanos (descendentes dos franceses) e os flamengos (descendentes dos holandeses).

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