Marcelo Ernesto
Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (18), o ministro do Esporte, Orlando Silva, rechaçou as denúncias de corrupção feitas no fim de semana pela revista Veja. A revista trouxe o depoimento do militar João Dias Ferreira acusando-o de ter recebido "uma caixa de papelão lotada de cédulas de R$ 50 e R$ 100, na garagem do ministério". Silva se disse inocente e prometeu processar o PM, que está preso.
[SAIBAMAIS]No depoimento aos integrantes das comissões de Turismo e Desporto, Fiscalização e Controle, Orlando Silva rebateu as denúncias e disse que "até na guerra existe limite". Segundo o ministro, as acusações feitas pelo policial militar do Distrito Federal João Dias Ferreira fazem parte de uma ;trama, de uma narrativa falsa, fundada em mentiras;. Orlando Silva anunciou que irá ;às últimas consequências; contra o policial e a revista, a fim de conseguir reparação judicial pelos ;danos morais; que teria sofrido. Ele também acrescentou que as informações divulgadas pela revista são "falsas e sem consistência".
Silva diz que sua indignação contra as denúncias "beira a revolta" e apresentou aos parlamentares presentes cópia do requerimento que para que fosse investigado. Ele também defendeu o seu partido PC do B das acusações de que estaria sendo beneficiado por esquema de favorecimento da legenda dentro do Ministério do Esporte.
O ministro conta com o apoio de dezenas de deputados da base governista, que lotam o auditório. Muitos, aplaudiram o ministro após sua fala. ;Desde ontem tomei algumas decisões para apurar os fatos. Pedi a abertura de inquérito na Polícia Federal para apurar tudo o que está registrado na revista, coloquei todos os meus sigilos à disposição, impetrei pedido no Ministério Público para abrir investigação e desnudar tudo o que está na reportagem; pedi audiência na Comissão de Ética Pública da Presidência da República;, declarou, sob aplausos de parte dos deputados.
Após apresentação inicial do ministro, os deputados começaram a fazer suas perguntas. Antes da chegada de Orlando Silva, alguns deputados de oposição, como Duarte Nogueira (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) saíram do plenário para tentar falar com o policial autor da denúncia, que está na liderança do PSDB no Senado.
*Com Agência Brasil e Agência Câmara
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