A presidente Dilma Rousseff divulgou nota oficial sobre a permanência do ministro Orlando Silva no cargo, após reunião de uma hora e meia no Palácio do Planalto, na noite desta sexta-feira (21/10). Em nota, Dilma diz que o governo ;não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência;. ;Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente;, disse a presidente.
Na reunião, o ministro informou à presidente que tomou todas as medidas para corrigir e punir malfeitos, ressarcir os cofres públicos e aperfeiçoar os mecanismos de controle do Ministério do Esporte. "Nós conseguimos provar a atitude correta que temos no Ministério do Esporte", disse Orlando Silva.
[SAIBAMAIS]O ministro também falou que ofereceu a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico, segundo ele, ;porque quer a transparência máxima;. De acordo com Orlando Silva, a presidente Dilma sugeriu serenidade e paciência e reafirmou ;confiança e solidariedade;. A parte final da reunião de cerca de uma hora e meia, segundo o ministro, foi dedicada a assuntos do ministério.
Na madrugada desta sexta-feira o ministro do Esporte voltou a rechaçar as denúncias de que teria recebido verbas desviadas do ministério. As declarações foram divulgadas em seu perfil no twitter. Silva usou o microblog para ressaltar que as provas da suposta fraude ainda não foram apresentadas.
Denúncias
O ministro é acusado pelo policial militar João Dias Ferreira, de ter recebido "uma caixa de papelão lotada de cédulas de R$ 50 e R$ 100, na garagem do ministério;. As denúncias foram publicadas na fim de semana pela revista Veja. Silva se disse inocente e prometeu processar o PM. Durante esta semana ele foi ouvido em audiência na Câmara e no Senado. Ele rebateu as denúncias e disse que elas são mentirosas e infundadas.
O polícia militar, disse em depoimento à Policia Federal, em Brasília, que vai apresentar as provas que comprovam as denúncias feitas por ele.
* Com informações de Marcelo Ernesto e Agência Brasil