postado em 31/10/2011 07:48
O ministro da Educação, Fernando Haddad, enfrenta uma semana crítica depois do escândalo pelo vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Fortaleza (CE). O ministério ainda não conseguiu dar uma resposta definitiva aos participantes da última edição do exame sobre a possibilidade do cancelamento da prova em todo o país, como quer o Ministério Público Federal do Ceará, ou apenas no Colégio Christus, onde vazaram as questões do teste.Em meio à crise na pasta, Haddad passou o fim de semana em São Paulo, onde se dedicou à agenda de pré-candidato à prefeitura da capital paulista, mas desmarcou compromissos que teria na cidade até a terça-feira, antecipando sua volta a Brasília. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem até as 13h45 de hoje para se posicionar sobre o pedido de anulação total ou parcial das provas feito pelo Ministério Público.
O ministro tem refutado a hipótese de anular todas as provas do Enem por conta do vazamento em Fortaleza e diz considerar a possibilidade como uma ;tese estapafúrdia;. Dentro do PT e do governo federal, o cancelamento é visto como uma pá de cal nos planos políticos de Haddad e até em sua permanência no comando da pasta depois da reforma ministerial programada pela presidente Dilma Rousseff para janeiro de 2012. Para evitar maiores danos causados por mais um percalço do Enem, o ministério defende a anulação das 14 questões que foram apresentadas a alunos do Colégio Christus e a reaplicação do exame nacional especificamente para esses alunos.