postado em 08/11/2011 15:11
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (8/11) que ainda não há qualquer indício de irregularidade contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nas denúncias de pagamento de propina envolvendo a pasta. Reportagens veiculadas no último fim de semana acusam assessores do ministério de receber dinheiro em troca fechamento de convênios.;Por enquanto, os elementos dizem respeito a irregularidades em programas do Ministério do Trabalho, mas não apontam, pelo menos neste primeiro momento, o envolvimento direto do ministro;, disse o procurador, no intervalo de uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo Gurgel, se não aparecerem provas contra o ministro, o processo deverá ser encaminhado à Procuradoria da República no Distrito Federal.
Gurgel admitiu, no entanto, que o caso pode ficar na Procuradoria-Geral da República (PGR) se forem confirmadas as denúncias contra o ex-assessor especial do ministério Weverton Rocha, que hoje é deputado federal pelo PDT do Maranhão. ;Se houver envolvimento de parlamentar, sem dúvida fixa-se a competência do Supremo Tribunal Federal e a atribuição da PGR. Isso é o que temos que ver após o exame das matérias que estão sendo reunidas.;
De acordo com Gurgel, o Ministério Público ainda está em uma fase muito inicial de apuração e não há prazo para chegar a uma conclusão sobre a veracidade dos indícios de crime. ;Ontem (7) o ministro me encaminhou um pedido facultando o mais amplo acesso a tudo no Ministério do Trabalho e se dizendo o primeiro interessado no sentido de apurar se há irregularidades;, disse o procurador.
[SAIBAMAIS]Ele informou que ainda não tinha recebido a representação protocolada ontem (7) pelo PPS, pedindo a apuração do envolvimento de Lupi no suposto esquema de pagamento de propina. Hoje, dois deputados e um senador do PDT, partido de Lupi, protocolaram no Ministério Público um pedido de investigação das denúncias. Assinam o pedido os deputados Reguffe (DF) e Miro Teixeira (RJ) e o senador Pedro Taques (MT).
Gurgel disse ainda que não há na PGR qualquer outra investigação em curso relacionada ao Ministério do Trabalho. ;Agora pode existir alguma coisa no âmbito da Procuradoria no Distrito Federal ou qualquer outra unidade;, ressaltou.