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FGTS vai injetar R$ 44 bilhões a mais na economia brasileira em 2012

Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 10/11/2011 08:05
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O governo vai injetar R$ 44 bilhões a mais na economia brasileira em 2012. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na quarta-feira (9/11) o orçamento para o exercício do próximo ano, no qual cerca de R$ 26 bilhões serão destinados ao financiamento habitacional. Outros R$ 10 bilhões foram direcionados para o saneamento básico e a infraestrutura urbana, provavelmente para obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016, sobretudo as de mobilidade urbana cujo cronograma está atrasado.

Um dos principais objetivos no segmento da habitação é dar mais atenção às famílias de baixa renda. A partir do próximo ano, o FGTS terá disponíveis em caixa para subsidiar descontos para a aquisição da casa própria R$ 4,5 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões serão utilizados exclusivamente nos empréstimos concedidos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida ; uma das bandeiras do governo Dilma Rousseff. Integram, ainda, o orçamento de 2012 do FGTS, R$ 2,5 bilhões para investimentos em Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e R$ 1 bilhão para financiamentos da linha Pró-Cotista.

Juros
A linha Pró-Cotista é aquela na qual o próprio beneficiário do financiamento é também o trabalhador com conta vinculada de FGTS. Embora possa ser classificado como de classe média, ele conta com uma taxa de juros melhor na hora de pegar o financiamento. O Conselho Curador também aprovou nova suplementação de recursos no orçamento deste ano para habitação popular. Desta vez, foram destinados recursos da ordem de R$ 6,2 bilhões. Com mais este acréscimo, o orçamento para o setor atinge R$ 54,74 bilhões, dos quais R$ 36,6 bilhões são destinados ao financiamento habitacional.

Segundo especialistas, os recursos do FGTS, além de atender necessidades específicas de regiões e famílias, vão fazer girar a economia do país em 2012, um ano que correrá sob a sombra da crise europeia e de um crescimento moderado no Brasil. Os R$ 44 bilhões são também parte da estratégia do governo de fomentar o crescimento econômico do país.

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