O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, voltou a dizer nesta quinta-feira (10), que não há provas de que haja algum esquema de corrupção dentro do ministério e que vai procurar ir a fundo nas investigações para averiguar se há irregularidades em convênios da pasta. Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, ele prestou esclarecimentos sobre as denúncias apresentadas pela revista Veja de que há um esquema de propina envolvendo assessores do ministério e organizações não governamentais que têm convênios com o ministério.
;Eu quero ir a fundo nessa investigação porque ninguém pode ficar em uma sociedade onde, primeiro, as pessoas são culpadas para, depois, provar a sua inocência. As pessoas não podem achar que é só podridão. As pessoas precisam acreditar que as pessoas são de bem. As pessoas precisam acreditar que as pessoas estão na função pública por ideias.;
Lupi disse ainda não temer ser o próximo ministro a deixar o cargo por denúncias de corrupção. ;Não temo [ser o próximo] a sair do governo porque não há provas contra mim.;
Ele deu explicações também sobre o tom de suas declarações a respeito da possibilidade de sair do ministério em função das denúncias, quando disse que só sairia à bala. Lupi admitiu que o tom foi exagerado e que não desafiou a presidenta Dilma Rousseff com a declaração, mas quem fez a denúncia. ;Na verdade, eu estava desafiando o denunciante. Tive uma reunião [com a bancada do PDT] de três horas muito difícil e eu exagerei. Eu mesmo reconheci isso, ninguém precisou me dizer isso.;
A revista Veja divulgou que há irregularidades no repasse de recursos do Ministério do Trabalho para organizações não governamentais e que assessores da pasta estão envolvidos em esquema de pagamento de propina em benefício do PDT, partido de Lupi.