O PR anunciou a saída da base aliada em agosto, mas o chove não molha das negociações políticas do partido com o Planalto adiou o afastamento efetivo da legenda das vantagens que a coalizão governista oferece. No Senado, no entanto, o governo começa a cobrar postos em comissões e na Mesa Diretora.
A primeira perda do PR foi uma das duas vagas na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. O partido ocupava duas cadeiras, representado por Blairo Maggi (MT) e Clésio Andrade (MG). Com a saída da base, restou apenas uma e o partido ainda não decidiu qual dos dois parlamentares continuará no colegiado.
;O líder Magno Malta vai ter que decidir. Se for em meu favor, é bom. Se ele for contra minha permanência, mais um argumento para eu levar à Justiça Eleitoral no processo de desfiliação;, afirmou Clésio.
Outro posto que o PR perderá se mantiver a decisão de deixar a base é a segunda secretaria, atualmente ocupada por João Ribeiro (PR-TO). O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirma que, por enquanto, não tem ;intenção de tirar; João Ribeiro do posto.
O PT ainda tenta convencer o PR a voltar para a base e esquecer o episódio da demissão do ex-ministro do Transporte Alfredo Nascimento (PR-AM).