postado em 09/12/2011 13:43
A presidente Dilma Rousseff entregou na manhã desta sexta-feira (9) o Prêmio Direitos Humanos 2011, que homenageou 21 pessoas e entidades que destacaram na área, entre elas a juíza Patrícia Acioli, executada no Rio de Janeiro em julho deste ano. A filha e a irmã da juíza emocionaram-se com o prêmio. ;A família ficou muito feliz com o prêmio. E ela também deve ter ficado. Sei que ela me protege de onde estiver;, disse sua filha, Ana Clara Acioli.Dilma emocionou-se ao entregar o prêmio a Clarice Herzog viúva do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto durante a ditadura militar. A publicitária representou o Instituto Vladimir Herzog, premiado na categoria Direito à Memória e à Verdade. ;Eu também fiquei emocionada ao conhecê-la pessoalmente. Com a Comissão da Verdade, o Brasil está fazendo o primeiro movimento para esclarecer uma série de episódios da ditadura;, contou Clarice.
Em seu discurso, Dilma voltou a defender a liberdade de imprensa e repetiu sua frase dita na campanha, com uma pequena alteração. ;Prefiro o barulho às vezes extremamente dolorido da imprensa livre do que o silêncio das ditaduras;.
Também foram premiados, entre outros, o padre João Batista Frota, criador do Projeto Cabra Nossa de cada Dia, que distribui caprinos para o sustento de famílias carentes no semi-árido nordestino, a freira Geralda Magela da Gonseca, que luta pelo direito à terra no interior de Minas Gerais, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto, que relatou no tribunal o processo que reconheceu o direito à união entre pessoas do mesmo sexo.