postado em 13/12/2011 07:52
São Paulo ; A equipe médica que trata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ontem uma ótima notícia ao paciente: o tumor da laringe teve uma redução de 75%. A evolução do tratamento surpreendeu os médicos do Hospital Sírio-Libanês e foi motivo de comemoração pelos corredores do 9; andar, onde Lula está internado. Os médicos que coordenam o tratamento disseram que a redução do tumor foi ;extraordinária; e descartaram qualquer possibilidade de submeter o paciente a uma cirurgia. ;Já esperávamos uma redução, mas não nessa proporção. Podemos dizer que o tratamento está sendo um sucesso;, disse Roberto Kalil Filho, médico particular de Lula.
O petista chegou ao hospital ontem, às 7h30, para a última sessão de quimioterapia. Ele não escondia a apreensão e o nervosismo porque estava ciente de que faria exames para saber como o tratamento estava evoluindo. A bateria de exames durou o dia inteiro. O mais importante foi o pet scan, que faz uma varredura pelo corpo do paciente para identificar focos de câncer. No caso de Lula, não foi identificada nenhuma outra célula cancerígena. No fim da tarde, ele e familiares obtiveram a notícia surpreendente. Lula ficou emocionado quando os médicos lhe disseram que a cirurgia está completamente descartada.
A reação ao tratamento foi motivo de festa porque, em casos semelhantes, segundo os médicos, a redução de tumores é em média de 30% a 40%. Hoje, segundo a equipe que cuida do ex-presidente, a hipótese de o tumor crescer é remota. O próximo passo do tratamento ocorrerá em janeiro, quando o paciente dará início a um tratamento diário de radioterapia. O próximo procedimento vai durar sete semanas e será associado a sessões semanais de quimioterapia.
De acordo com o médico Rubens de Brito, que também acompanhou os exames de Lula, não foram constatados problemas de deglutição (dificuldade para engolir alimentos) e a laringe de Lula não apresentou inchaço, apesar de queixas feitas por ele no início do tratamento.
Gianecchini
Duas horas depois que Lula deu entrada no Sírio-Libanês, o ator Reynaldo Gianecchini, 38 anos, que faz um tratamento contra um linfoma não Hodgkin de células T, um tipo mais raro de câncer que afeta o sistema de defesa do organismo, recebeu alta do mesmo hospital. O ator estava internado desde o início deste mês. O próximo passo da luta do tratamento poderá ser um autotransplante de medula óssea.