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Fernando Bezerra nega irregularidades em venda de terreno em Petrolina

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, publicou nesta segunda-feira (9) nota em que nega irregularidades sobre a venda de um terreno em Petrolina (PE), enquanto ocupou o cargo de prefeito da cidade. Ele atribui as denúncias veiculadas na imprensa à ;aproximação da disputa política municipal;, marcada para outubro.

Segundo o ministro, um equívoco levou a prefeitura de Petrolina a comprar pela segunda vez um mesmo imóvel, como mostra matéria publicada na edição de hoje do Jornal Folha de S. Paulo. Segundo Bezerra, a primeira aquisição do imóvel, feita em 1996, ao fim de sua primeira gestão na prefeitura de Petrolina, não foi registrada em cartório pelo governo subsequente. ;O município foi induzido ao erro e adquiriu novamente o terreno Rasgo da Catarina;, diz a nota. A segunda aquisição ocorreu em 2001, quando Bezerra novamente era prefeito da cidade.

O ministro disse que, em 2002, ao tomar conhecimento do equívoco instaurou uma comissão especial de sindicância para apurar o ocorrido. Segundo ele, o Ministério Público manifestou por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) o reconhecimento de sua colaboração para esclarecer os fatos.

A matéria da Folha de S.Paulo informa que o terreno foi adquirido pela primeira vez em 1996, por R$ 90 mil, e a segunda compra ocorreu em 2001, quando foram pagos R$ 110 mil. O terreno serviria para abrigar o aterro sanitário municipal.

[SAIBAMAIS]Além disso, o Ministério da Integração negou em nota que o ministro tenha favorecido parlamentares e parentes com nomeações e liberação de verbas. No comunicado, a assessoria fez ressalvas sobre o suposto favorecimento político em emendas, a concessão de privilégios partidários na escolha da equipe técnica do Ministério da Integração Nacional e ações de nepotismo na Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Fernando Bezerra está agora reunido com a presidenta Dilma Rousseff e outros ministros para discutir as medidas emergenciais de socorro às vítimas da chuva na Região Sudeste e da seca na Região Sul.