Politica

Repasses federais de R$ 8 bilhões aproximam Planalto e PSDB em São Paulo

postado em 13/01/2012 08:14
Em clima de aproximação, a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinaram ontem termo de cooperação para a construção de 97 mil casas do programa Minha Casa, Minha Vida voltadas para as famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Durante o evento, no Palácio dos Bandeirantes, políticos dos adversários PT e PSDB trocaram afagos e tentaram colher os dividendos eleitorais da parceria, que conta com investimento total de R$ 8,05 bilhões. Após a cerimônia, Dilma reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no escritório da Presidência da República na capital paulista, por 3 horas, para tratar da reforma ministerial.

As moradias vão priorizar famílias que vivem em favelas, mananciais e áreas de risco e rurais. A presidente ressaltou a importância da casa própria para diminuir a desigualdade social. ;Nós não queremos um país de bilionários e de pobres e miseráveis. Nós queremos um país, obviamente, de pessoas ricas e prósperas, mas queremos, sobretudo, um país de classe média. Ninguém é classe média se não tiver sua casa;, defendeu a presidente.

Durante o evento, Dilma prometeu arredondar o número de casas para 100 mil. ;Não vamos fazer 97 mil porque é conta quebrada;, brincou. Os recursos federais, R$ 6,15 bilhões, virão do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e do Programa Nacional de Habitação Rural do Minha Casa, Minha Vida. Já o governo paulista investirá R$ 1,9 bilhão por meio do Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social (PPHIS).

Entre Alckmin e Dilma, nada de arestas. O governador só tratou a presidente pela forma feminina ;presidenta;, como ela prefere ser chamada. Dilma, por sua vez, elogiou a primeira-dama Lu Alckmin e saudou até o deputado tucano licenciado José Aníbal, antigo colega de escola e de militância em Minas Gerais. ;Podemos ter nossas divergências eleitorais, mas, acabou a eleição, essas divergências eleitorais deixam de existir;, afirmou a presidente. Em seu discurso, o governador também defendeu a parceria, afirmando que ela sobrevive a ;qualquer intempérie política;.

Apesar do clima ameno, o lançamento do Minha Casa, Minha Vida, ainda no governo Lula, em 2009, foi recebido com críticas pelo PSDB. O partido mantém a postura crítica em relação ao programa até hoje. No documento ;Balanço Crítico do Governo Dilma Rousseff;, lançado em dezembro de 2011, o programa é chamado de ;peça publicitária;.

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