postado em 18/01/2012 08:21
Diante de um calendário político apertado em razão das eleições municipais, o PT pretende colocar no papel no início do próximo mês a estratégia do partido até o fim da disputa, em outubro. Para isso, a legenda promoverá em 9 de fevereiro um encontro do Diretório Nacional e, no dia seguinte, o Encontro Nacional de Prefeitos e Deputados Estaduais do PT, em Brasília. Na mesma ocasião, será comemorado o 32; aniversário do partido. Além da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, devem comparecer ao evento os ministros do partido e integrantes do Congresso Nacional.Entre os principais objetivos petistas está a conquista da prefeitura da capital paulista, berço da legenda e onde o rival PSDB governa há 16 anos. O nome para a disputa é o do atual ministro da Educação, Fernando Haddad, que deve deixar a pasta até o fim do mês para se dedicar ao pleito.
;A eleição de São Paulo é emblemática e teremos uma atenção especial;, ressaltou o secretário de Assuntos Institucionais do PT, Geraldo Magela. Segundo ele, há ainda a busca por uma aliança com o PMDB, comandado pelo senador Valdir Raupp (RO) e pelo vice-presidente Michel Temer. O peemedebista defende, entretanto, uma candidatura própria tendo na cabeça de chapa o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP). ;Sem dúvida uma aliança entre PT e PMDB seria a desejada. Mas, se não ocorrer, vamos trabalhar com um pacto de não agressão;, adiantou Magela.
Além de São Paulo, o Diretório Nacional do PT acompanha de perto o ;tensionamento; em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro ; dois dos maiores colégios eleitorais brasileiros. No caso dos mineiros, ainda não há um consenso se o partido se aliará à candidatura do atual prefeito, Márcio Lacerda (PSB), ou se lançará candidato com o PMDB. No Rio, a tensão aumentou depois que o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, anunciou que o partido não apoiará o PT em várias cidades. O contra-ataque veio com a ameaça do senador petista Lindbergh Farias de se lançar pré-candidato à sucessão de Sérgio Cabral no governo do estado. ;Não vamos trabalhar com a lógica da intervenção, mas o PT não deixará de acompanhar de perto;, ressaltou Magela.