Politica

Governo avalia troca no Ministério das Comunicações

Possível saída de Paulo Bernardo para assumir cargo no Paraná abre disputa entre petistas pela pasta

postado em 25/01/2012 08:00
Paulo Bernardo assumiria a direção de Itaipu para pavimentar a candidatura da mulher ao governo do ParanáEm um passo considerado estratégico por alguns integrantes da cúpula do PT, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, avalia deixar a pasta para organizar o partido na disputa pelo governo do Paraná em 2014. A saída dele ocorreria em meio à reforma ministerial iniciada pela presidente da República, Dilma Rousseff, com a troca dos ministros da Ciência e Tecnologia e da Educação. Pelo planejamento traçado, Bernardo deixaria a Esplanada para assumir um posto no próprio estado, provavelmente em Itaipu Binacional.

O diretor-geral brasileiro da estatal, Jorge Samek, abandonará o cargo para concorrer à prefeitura de Foz do Iguaçu. A hidrelétrica está localizada no Rio Paraná, entre Ciudad del Este, no Paraguai, e Foz do Iguaçu, no Brasil. A avaliação de alguns petistas é de que, ao atuar diretamente no Paraná, Paulo Bernardo poderá organizar melhor o partido para a disputa. A motivação de Bernardo seria ainda maior porque os dois mais cotados ao posto são a mulher, Gleisi Hoffmann ; atual ministra da Casa Civil ;, e o próprio Bernardo.

A campanha paranaense em 2014 promete ser acirrada. O governador Beto Richa (PSDB) é candidato natural à reeleição e conta com aprovação de 74% da população, o segundo maior índice do país entre governadores. Embora Gleisi seja a favorita para disputar a cadeira ocupada pelo tucano, a candidatura de Bernardo não é descartada, uma vez que, ao contrário de Gleisi, ele não tem mandato eletivo ; ela pode voltar ao Senado, onde seu mandato vai até 2018.

Caciques do PT ouvidos pelo Correio dizem que há três nomes cotados para substituir Paulo Bernardo, caso ele confirme a saída das Comunicações: o senador Walter Pinheiro (PT-BA), e os deputados federais Paulo Teixeira (SP) e André Vargas (PR). A favor de Pinheiro pesa o fato de ele ser considerado um nome técnico e ligado ao setor. O senador inclusive chegou a ser sondado para o mesmo posto na reforma ministerial feita no segundo mandato do presidente Lula, em 2007. O ex-presidente preferiu, entretanto, a permanência de Hélio Costa (PMDB), que comandou a pasta entre 2005 e 2010.

A confirmação do nome de Walter Pinheiro também resolveria outro problema do PT. O nome dele foi apresentado na disputa com o senador Wellington Dias (PI) pela liderança do partido no Senado. Após o retorno das atividades no Congresso, Humberto Costa (PE) deixará o posto ; o parlamentar é um dos nomes do partido para a disputa pela prefeitura de Recife, em outubro.

No caso do deputado Paulo Teixeira, atual líder da bancada na Câmara, conta o fato de ele ter ganhado uma aliada dentro do próprio Palácio do Planalto, ao cair nas graças da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O terceiro nome, o de André Vargas, entra na disputa como uma forma de manter o ministério sob a cota do PT paranaense. Atualmente, Vargas ocupa o cargo de secretário de Comunicação do partido.

Liderança na Câmara
Integrantes da cúpula do PT se reuniram na tarde de ontem em Brasília com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, para discutir a sucessão de Paulo Teixeira na liderança na Câmara. Até o momento, não foi firmado nenhum acordo entre os candidatos Jilmar Tatto (SP) e José Guimarães (CE). A decisão, prevista para o dia 7, pode ir a voto, o que exporia o racha iniciado em 2011. Na ocasião, o deputado Marco Maia (RS) venceu a disputa com Cândido Vaccarezza (SP) pela cadeira de presidente da Câmara para o biênio 2011-2012.

Ciro Gomes e Patrícia Pillar separados
Cotado para assumir uma pasta na Esplanada ainda no primeiro semestre deste ano, o ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e a mulher, a atriz Patrícia Pillar, estão oficialmente separados. O casamento, iniciado há 12 anos, teve fim em dezembro. A informação foi confirmada pela assessoria de Patrícia, ontem, mas não foram dados detalhes sobre o motivo do divórcio. Durante o período em que ficaram juntos, Ciro foi candidato à Presidência, em 2002, e a atriz enfrentou um câncer de mama.

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