postado em 25/01/2012 15:00
Rio de Janeiro - O número crescente de imigrantes haitianos no Brasil será um dos temas da visita da presidenta Dilma Rousseff ao Haiti, programada para 1; de fevereiro, após uma passagem por Cuba, um dia antes. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quarta-feira (25/1) durante um evento no Itamaraty, centro do Rio, que o assunto será discutido com o novo presidente do país caribenho, Michel Martelly, que assumiu o cargo em maio do ano passado.;Esse tema [imigração], aliás, está muito bem equacionado com essa nova política de abertura a haitianos que queiram trabalhar aqui, de até 1.200 por ano, mas essa visita já estava na agenda, até mesmo pelo papel do Brasil na estabilização e reconstrução do Haiti, depois do novo terremoto, além de contatos políticos com o novo presidente e seu novo gabinete;.
O Haiti foi devastado, em 12 de janeiro de 2010, por um terremoto que deixou cerca de 200 mil mortos, além de destruir prédios e ruas inteiras. O Brasil é responsável pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) e patrocina projetos de infraestrutura naquele país, onde cerca de 500 mil pessoas ainda vivem em tendas improvisadas dois anos após o terremoto.
Outro tema da agenda será a diminuição do contingente militar brasileiro no Haiti para que o Brasil concentre sua ações em infraestrutura e desenvolvimento econômico, como construção de uma hidrelétrica, de escolas e hospitais.
De acordo com dados do governo, cerca de 4 mil haitianos vivem hoje no Brasil, a maioria, nas cidades de Brasileia, no Acre, e Tabatinga, no Amazonas, em abrigos provisórios.