Paulo de Tarso Lyra
postado em 10/02/2012 08:00
Os integrantes do Diretório Nacional do PT, que se reuniram nessa quitna-feira (9) em Brasília para discutir as linhas gerais das eleições municipais, perceberam o incômodo que a proposta de aliança feita pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), tem provocado em setores importantes da legenda. Reticente a aderir à campanha de Fernando Haddad (PT) à prefeitura paulistana, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) encontrou nessa parceria mais uma razão para adiar seu apoio formal. ;Eu tenho que ser muito cautelosa em não me posicionar com engajamento antes da solução para a questão do PSD. Senão, corro o risco de acordar num palanque de mãos dadas com Kassab;, afirmou Marta.
A questão divide opiniões e é vista com cautela não apenas por Marta. Pessoas próximas a ela reconhecem que é difícil para a senadora dividir um palanque com Kassab depois da dura campanha eleitoral de 2008, pautada, em diversos momentos, por questões pessoais. Além disso, muitos petistas lembram que as gestões de José Serra (PSDB) e de Kassab ; duas eleições em que Marta foi derrotada (2004 e 2008) ; ;destruíram todas as conquistas sociais criadas pela administração petista;.
A posição da senadora, contudo, não é apoiada por todos. Interlocutores do Planalto lembram que, no PT, a estratégia de ;apertar o torniquete; quase nunca dá certo. Reconhecem que Marta teve um gesto de grandeza ao abrir mão da disputa nas prévias pela prefeitura paulistana. E que já foi compensada com o aval do palácio para continuar como vice-presidente do Senado, ganhando a disputa contra o senador José Pimentel (PT-CE). ;Ela não pode cobrar mais nada;, avaliou um integrante histórico do partido.
Confira reportagem completa na edição desta sexta-feira (10/2) do Correio Braziliense