Politica

Governador Agnelo diz, em entrevista, que polícia não vai cair em aventura

postado em 12/02/2012 08:00
Em entrevista ao Correio, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, disse não acreditar em uma greve dos policiais militares de Brasília e ressaltou que pretende continuar valorizando as polícias locais. ;Eu tenho certeza de que a nossa polícia não vai cair em aventura estimulada por alguns provocadores, como aconteceu na Bahia e no Rio de Janeiro. Ninguém vai fazer greve em um caso que não tem solução. Se eventualmente acontecer uma coisa dessa, vamos tomar todas as providências. Eu posso dizer para a população que a segurança pública vai ser garantida;, destacou o governador.

Agnelo ressaltou ainda que está disposto a dialogar com a categoria, mas explicou que tudo depende de bom senso e de reciprocidade. ;Vamos continuar negociando e tendo as promoções. Se a minha deferência com a polícia tiver reciprocidade, eu vou continuar com a essa política. Se eu não tiver, é evidente que vou parar com o que estou fazendo;, afirmou o governador, ressaltando acreditar que haverá bom senso por parte da categoria. ;A assembleia dos oficiais mostra a maturidade dos policiais. Eles reconhecem que temos de avançar em muitas reivindicações, como eu também reconheço, e vamos continuar negociando com o mesmo espírito aberto, que é construtivo.;

Em assembleia realizada ontem, oficiais da ativa e da reserva da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal aprovaram um ;apoio ao movimento reivindicatório dos praças;, mas não defenderam a greve. Os soldados iniciaram a pressão por melhoria nas condições de trabalho no início da semana passada, impulsionados pelas greve da PM baiana. Os oficiais do DF ainda devem se reunir na próxima quarta-feira para decidir como negociarão com o governo. O governador do DF, além de não crer na paralisação, afirmou ainda que está cumprindo com todos os acordos feitos com as corporações.

Segundo o presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros do DF, tenente-coronel Sérgio Aboud, a categoria aderiu às reivindicações dos praças, mas as manifestações serão feitas dentro da legalidade. ;Vale ressaltar que o movimento tem seus limites constitucionais e legais. Isso quer dizer não prejudicar a sociedade, respeitar e cumprir as leis;, observou o oficial. ;Buscamos que o governador se abra à negociação como com qualquer outra categoria. Merecemos ser ouvidos e tenho certeza de que isso virá a acontecer;, disse Aboud. Ele explicou que os salários dos servidores da área de segurança pública são os maiores do país, mas ressalta que o custo de vida no Distrito Federal também é alto.

A matéria completa você lê na edição impressa deste domingo (12/2) do Correio Braziliense.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação