Paulo de Tarso Lyra
postado em 12/02/2012 08:05
A direção nacional do PSDB tenta isolar as desavenças que perturbam o seu ninho em São Paulo para que as prévias paulistanas não minem as chances de crescimento nas eleições municipais deste ano. A principal legenda de oposição ao governo federal luta para não sangrar como seus pares ; DEM e PPS, hoje sombras pálidas do que foram no passado ; e ter algum poder de fogo para contrapor-se ao PT de Dilma Rousseff daqui a dois anos e oito meses. ;O PSDB não acabou. Se não fosse essa pancadaria em São Paulo, nós estaríamos bem melhor;, disse um alto integrante do comando tucano.Olhando o mapa eleitoral, passa-se uma falsa impressão de que os tempos não são sombrios. O partido terá candidatos em praticamente todas as capitais (veja quadro ao lado). O duro será conseguir êxito nessas disputas. Em nenhum dos estados governados pelo PSDB ; oito no total ;, o partido terá vida fácil nas capitais. Em um deles, inclusive, foi preciso uma intervenção do Diretório Nacional para que a legenda estadual mudasse de mãos para evitar um desastre retumbante. É o caso, por exemplo, do Pará, onde o presidente Sérgio Guerra ;tirou; o PSDB do controle de Almir Gabriel, transferindo poder para Simão Jatene.
Essa manobra permitiu que o deputado federal Zenaldo Coutinho fosse o candidato à prefeitura em Belém. ;O partido tem que pensar, sim, em ter o maior número de candidaturas nas capitais. Essas posições servirão de alicerce para a disputa que acontecerá daqui a dois anos, tanto nos estados quanto no plano federal;, destacou Zenaldo. ;É fundamental para o PSDB ter essa capilaridade;, completou. O partido, contudo, ainda pena com a perda de lideranças importantes e para derrotas de nomes antes considerados caciques na legenda. Dentre os que foram protagonistas da diáspora, estão nomes bem situados na política regional hoje, como o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o atual prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, mais do que favorito na disputa pela reeleição. Ambos estão no PMDB. ;Até hoje Cabral nos procura para trocar ideias e propostas;, confidenciou o deputado Ricardo Trípoli (SP), um dos quatro pré-candidatos na prévia paulistana.
A matéria completa você lê na edição impressa deste domingo (12/2) do Correio Braziliense.