De segunda a sexta-feira, no início da manhã, Jucivaldo Britto, 35 anos, sai de Planaltina, onde mora de aluguel com a esposa e os três filhos, no carro que funciona como seu ;escritório;, rumo ao Plano Piloto. Embaixo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ele dá início a mais um dia de expediente na informalidade, vendendo refrigerantes, açaí e água de coco, que mantém gelada dentro de um isopor guardado na mala da sua Parati modelo 1999, cujas prestações chegam todos os meses. Ao seu lado, a concorrência oferece salada de fruta, preparada dentro da Kombi. Entre os companheiros de escritório, há flanelinhas e lavadores de carro, espalhados no estacionamento. Assim como a informalidade está presente nas cercanias da pasta do Trabalho e Emprego, em outros ministérios, o problema mora ao lado.
;Há 15 anos, vendo minhas bebidas embaixo do ministério, como ambulante mesmo. Preferiria ter carteira assinada. Já procurei emprego de motorista, vigia e porteiro, mas não consigo encontrar uma vaga que renda os R$ 2 mil que tiro aqui por mês;, justificou Jucivaldo.
Embora sejam vizinhos dos temas que combatem em âmbito nacional, os ministérios não são responsáveis pelos casos que os cercam. Essa incumbência fica a cargo do Governo do Distrito Federal (GDF). A Agência de Fiscalização do DF, encarregada de reprimir vendedores ambulantes, informou que atua com equipes itinerantes, diariamente, fazendo operações-surpresa em diversos pontos.
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