Politica

PT deve priorizar projeto nacional para impor acordo com ex-adversários

postado em 22/02/2012 07:10
Derrotado na disputa pela prefeitura do Rio em 2008, Alessandro Molon resiste à aliança com Eduardo PaesA costura de coligações com ex-adversários políticos tem causado ;pesadelos; em petistas não só na capital paulista, onde a senadora Marta Suplicy (PT-SP) já declarou que teme um dia ;acordar num palanque de mãos dadas; com o prefeito Gilberto Kassab (PSD). Ex-DEM, opositor de Marta no pleito pela prefeitura de São Paulo em 2008, Kassab é tratado pela cúpula do partido como peça-chave na disputa pelo Palácio do Anhangabaú. E execrado pela militância petista ; vide as sonoras vaias dedicadas ao pessedista na solenidade de aniversário de 32 anos do PT, comemorado no último dia 10.

O modelo ;adorado pela cúpula e odiado pela militância; se repete em Curitiba, onde caciques do partido articulam o apoio petista à candidatura de Gustavo Fruet para a prefeitura da capital paranaense. A coligação tem defensores de peso, como os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e das Comunicações, Paulo Bernardo. Mas está longe de representar um consenso. A vice-presidente do diretório municipal do PT em Curitiba, Miriam Gonçalves, renunciou ao cargo como protesto contra a aliança pró-Fruet. ;Lá, o partido está dividido entre fruetistas e antifruetistas;, reconhece o deputado Zeca Dirceu (PT-PR).

Para os antifruetistas, o eleitorado não assimila bem esse tipo de coligação entre ex-adversários políticos. ;Mas já há uma maioria favorável à aliança, hoje;, minimiza Dirceu, que atribui ao empenho do deputado estadual Tadeu Veneri (PT) em lançar sua candidatura, o principal fator de rejeição da militância petista a Fruet. ;As divisões do partido no estado são históricas, mas a militância é disciplinada, não vai comprometer uma eleição;, avalia.

Caso semelhante se desenrola no Rio de Janeiro (RJ), onde o deputado Alessandro Molon (PT) lançou o movimento ;Coragem para Mudar;, em repúdio à aliança que dará suporte à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB). ;Discordo frontalmente da aliança e vou batalhar até o último minuto pela candidatura própria do PT;, diz o deputado. Assim como em São Paulo, a coligação tem como seus padrinhos o ex-presidente Lula.

A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quarta-feira (22/2).

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