postado em 28/02/2012 18:17
O relatório da Lei Geral da Copa foi aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (28). O texto, no entanto, ainda pode sofrer mudanças. A votação de dez destaques ; itens que geraram controvérsia entre os parlamentares ; foi adiada para amanhã às 10h. A liberação da venda de bebidas alcoólicas é um dos principais impasses da Lei. Durante as três horas de discussão, o artigo foi o mais criticado e questionado entre os representantes da Casa.
;O maior problema da bebida não é antes do estádio. É também em seu entorno, com um grave risco a badernas;, defendeu o deputado André Figueiredo (PDT-CE). O deputado Jonas Donizette (PSB-SP) acompanhou o raciocínio de Figueiredo e mostrou-se contra a comercialização, pedindo até a retirada do artigo que libera a venda e, por sua vez, fere o Estatuto do Torcedor.
Entre outras polêmicas, estão a reserva de 5% dos ingressos para deficientes físicos ; proposta do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) ; e a exposição de marcas e produtos de forma não autorizada pela Fifa.
O preço dos ingressos foi decidido durante o debate. O relator, Vicente Cândido (PT-SP), bateu o martelo: a categoria mais barata custará US$ 50, e o valor máximo chegará a US$ 900. Idosos terão direito à meia entrada em todas as faixas.
Manifestantes
[SAIBAMAIS]A votação também teve momentos de protesto. Representantes do Conselho Nacional dos Procuradores entregaram um manifesto ao presidente da comissão, Renan Filho (PMDB-AL), contra a liberação de bebida alcoólica nos estádios durante a Copa do Mundo.
Os manifestantes aproveitaram para reforçar que a soberania do país não pode ser ameaçada por um evento, mudando leis e abrindo brechas. Pouco antes da votação, membros do Comitê Popular da Copa se colocaram em frente ao plenário com faixas pedindo para a Fifa ;baixar a bola;.