postado em 04/03/2012 09:42
As negociatas feitas com terras da União destinadas a assentamento de trabalhadores rurais são responsáveis por 35% de todas as exclusões de beneficiários do programa de reforma agrária do país, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Por causa disso, entre 2001 e 2011, 103 mil famílias participantes do programa perderam o direito à terra. O número representa 13% da quantidade total de 790 mil assentadas em todo o país nos últimos 10 anos. Se os índices já impressionam, o número pode ser ainda maior. Tudo porque o próprio Incra admite a existência de subnotificações ; o que deve elevar a quantidade de exclusões nos próximos anos.Para se ter ideia da burocracia, foram consumidos quatro anos entre a fiscalização do Incra, em nove assentamentos do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, na região Oeste de Minas Gerais, até que chegasse à Justiça Federal ação civil pública para punir os irregulares e retomar terrenos. Não bastasse a perda de terrenos pelo comércio irregular das propriedades, o fracasso do modelo de reforma agrária no país está retratado ainda pelo elevado número de abandonos das terras: 44% dos beneficiados desistem do espaço, desestimulados pela falta de recursos e incentivo de plantio.
A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense deste domingo (4/2).