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Marco Raupp cobra políticas que garantam retorno de pesquisadores

No momento em que o Brasil e os Estados Unidos intensificam os acordos de cooperação para a concessão de bolsas de estudos, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, disse nesta terça-feira (13/3) que o desafio das autoridades é consolidar políticas públicas para o retorno de pesquisadores brasileiros ao país, assim como a manutenção desses especialistas em território nacional. Nos próximos quatro anos, o Brasil pretende enviar 20 mil pesquisadores ; desde alunos de graduação e cientistas com pós-doutorado.

;Trata-se de estimular o conhecimento científico até para garantir a qualidade. Evidentemente o que vai determinar se os nossos estudantes voltarão é termos políticas aqui no Brasil, com infraestrutura, laboratórios e professores atuando em nível de pós-graduação;, disse o ministro depois de reunião com a delegação norte-americana em visita ao Brasil.

;Temos de formar uma base para que esse programa nos beneficie. Essa troca também envolve indústrias e empresas. Se nós desenvolvermos a nossa base com pessoal qualificado e infraestrutura, esses programas serão altamente compensadores. Para nós, é muito importante esse intercâmbio;, acrescentou Raupp.

O ministro lembrou ainda que o maior destino dos pesquisadores brasileiros, incluídos no programa Ciência sem Fronteiras, será os Estados Unidos. ;É para os Estados Unidos que vamos enviar o maior número de estudantes. Pelo menos 20 mil estudantes brasileiros deverão ser enviados;, disse.

Desde a segunda-feira (12/3) as autoridades brasileiras e norte-americanas participam, em Brasília, da terceira etapa da Comissão Mista de Ciência e Tecnologia Brasil-Estados Unidos. As reuniões ocorrem a menos de um mês da visita da presidenta Dilma Rousseff a Washington ; ela seguirá para lá nos dias 9 e 10 de abril.

Participaram das discussões, além de Raupp, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, o conselheiro para Ciência e Tecnologia e diretor do Escritório da Casa Branca de Políticas para Ciência e Tecnologia, John P. Holdren, e o embaixador Benedito Fonseca Filho, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Itamaraty.