Marcelo da Fonseca/Estado de Minas
postado em 18/03/2012 08:45
Belo Horizonte ; Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) entre os anos de 2008 e 2010 revela que 384 prefeituras descumpriram o teto de 60% para gastos com despesas com o funcionalismo determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O inchaço da máquina pública é apontado pelos pesquisadores que viajaram durante três anos por 5.266 municípios brasileiros como um dos principais motivos para a falta de investimentos em infraestrutura básica e endividamento das prefeituras. Em Minas Gerais, são 22 prefeitos que gastaram mais com pessoal do que o permitido e deixaram seus municípios distantes dos mais bem avaliados no país.A avaliação da gestão fiscal dos municípios foi feita com base nas estatísticas oficiais divulgadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e considerou a capacidade de fazer investimentos, a arrecadação, os gastos com pessoal, e as dívidas e restos a pagar que não foram quitados pelos executivos municipais a cada ano. De problemas menores, como o excesso de buracos pelas ruas, até a dificuldade para concluir obras maiores, com a construção de novos hospitais e escolas, o estudo deixou claro que os problemas de gerência da administração municipal têm reflexo direto na qualidade de vida de seus moradores.