Juliana Braga
postado em 20/03/2012 13:38
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, classificou como ;erro histórico; a ausência, até hoje, de um programa na área voltado para o campo. A declaração foi dada após o lançamento do Pronacampo, no Palácio do Planalto, ao lado da presidente da República, Dilma Rousseff.;[O campo] é o grande responsável pelo superávit, pela melhora das contas externas e é um equívoco não dar prioridade à educação no campo como aconteceu durante toda a nossa história. É muito mais inteligente o Brasil estimular que esses jovens permaneçam no campo, que essas famílias permaneçam no campo, do que serem acomodadas nas periferias das grandes cidades como vem acontecendo;, afirmou.
O programa prevê uma série de metas para 2014, envolvendo formação de professores, reformulação da política pedagógica e mudanças no acesso e infraestrutura. Está prevista a oferta de 180 mil vagas de formação profissional para moradores da zona rural. Até 2014, a pasta pretende levar internet a 10 mil escolas das 68 mil ainda sem acesso à rede. Há metas também para levar água e energia para as escolas que ainda não tem. O programa foi encaminhado ao Congresso Nacional por meio de Medida Provisória e, apesar de precisar ser aprovado, já começa a valer a partir da publicação no Diário Oficial.
Uma segunda etapa do programa, entretanto, precisa ser encaminhada como projeto de lei. Trata-se da proibição de fechar escolas na zona rural sem a aprovação do Conselho Municipal de Educação, com a participação da sociedade civil. A ideia é frear a ritmo acelerado com que as escolas vem sendo fechadas. ;Hoje nós não temos nenhum mecanismo pra impedir fechamento de escola. Uma parte é decorrente da própria urbanização, mas a outra PE uma redução de custo. O prefeito põe uma condução que vai buscar os alunos mais longe e economiza recursos da escola;, sustenta o ministro.
A presidente Dilma Rousseff disse que esse era um dos momentos em que ela se sente ;orgulhosa; de ser presidente. ;Esse é um país que aposta que essa agricultura familiar será a base de uma país mais democrático, que garanta oportunidade para todos;, disse.