O GDF Apresentou ontem informações sobre os contratos com a empresa Delta, responsável por 70% dos serviços de limpeza do Distrito Federal, com objetivo de eliminar suspeitas de que a empresa tenha sido favorecida por influência do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Na avaliação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o Ministério Público ainda não encontrou elementos suficientes para comprovar uma suposta ligação do governador do DF, Agnelo Queiroz, com Cachoeira. ;Em relação ao governador, o Ministério Público não reuniu ainda elementos suficientes, porque a análise que fizemos do material da Operação Monte Carlo, no momento do encaminhamento ao Supremo para instauração do inquérito, foi parcial;, afirmou Gurgel.
Investigações relacionadas à Operação Monte Carlo da Polícia Federal apontam para a existência de um elo entre a Delta e a rede de negócios de Cachoeira, acusado de comandar uma vasta rede de jogo ilegal no estado de Goiás. A Delta mantém contratos de limpeza urbana com o GDF desde 2010 e foi uma das empresas beneficiadas com a prorrogação de contratos essenciais da administração do DF feita em 2011 ; no final do governo de Rogério Rosso ; a pedido de Agnelo, que acabara de ser eleito. ;Não era sobre a Delta apenas, mas 15 empresas que prestam serviços essenciais para o DF e que se tivessem o contrato encerrado iam agravar mais a crise da região;, esclareceu ontem o porta-voz do GDF, Ugo Braga. ;Além disso, A Delta assumiu no fim de 2010. No período, faturou 19 milhões. Os outros 92 milhões foram em todo o ano de 2011. O governador auditou as contas da Delta assim que assumiu o governo. E reduziu o faturamento da empresa;, afirmou o porta-voz.