postado em 26/04/2012 17:43
Rio de Janeiro ; A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (26/4) que está superada, no Brasil, a tese de que ;o bolo precisa crescer para ser repartido;. Segundo ela, a frase, cunhada pelo ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, na década de 1960, ficou para trás graças a políticas de combate às desigualdades sociais e de crescimento econômico, iniciadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Dilma esteve hoje na capital fluminense em evento que comemorou a marca de 1,5 milhão de beneficiados pelo Plano Brasil sem Miséria. No Rio, foram integrados os programas de distribuição de renda Cartão Família Carioca, Bolsa Família e Renda Melhor.
Ao lado da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, do prefeito da cidade, Eduardo Paes, e do governador do estado, Sérgio Cabral, Dilma destacou o número de beneficiados como um avanço no combate à pobreza extrema. ;No passado, dizia-se que não era possível crescer e distribuir renda. Nós todos, como sociedade, superamos essa consciência. Hoje, dificilmente alguém no Brasil pode defender que o bolo precisa crescer para ser repartido depois;, declarou.
Ela ainda ressaltou que esse avanço ocorre enquanto outros países passam por ;aumento da desigualdade;, principalmente na Europa. Em referência às recentes declarações do prêmio Nobel de economia Amartya Sen sobre o Brasil, Dilma disse que as análises do economista ;devem nos orgulhar;. ;Quando [ele] diz que encontramos uma maneira de fazer o crescimento ser amplamente compartilhado pela população, esse indiano sintetiza o que fazemos: estamos compartilhando e isso é o que caracteriza o nosso crescimento;.
Dilma não poupou elogios ao ex-presidente Lula, que, segundo ela, é o principal responsável pela posição de prestígio do Brasil em termos de política social e econômica. Ela disse que foi Lula quem acabou com intermediários em programas de transferência de renda e estabeleceu que os cartões de programas de transferência de renda fossem dados às mães.
O próximo passo da política social, segundo Dilma, é investir na busca ativa, para se chegar aos mais pobres.