postado em 10/05/2012 08:00
Intocado desde a Constituição de 1946, o pagamento do 14; e do 15; salários a deputados federais e a senadores foi extinto, por unanimidade, em votação no plenário do Senado Federal na noite de ontem. A expectativa é de que ocorra um efeito cascata no Brasil e várias assembleias legislativas espalhadas pelo país que ainda pagam o chamado auxílio-paletó também acabem com a mordomia. O projeto, que previa o fim da farra com dinheiro do contribuinte, dormia na gaveta da Casa havia mais de um ano. Só saiu da fila após denúncias do Correio de que, além de receberem os extras, os senadores driblavam o Fisco e não descontavam o Imposto de Renda do benefício. A Receita Federal instaurou procedimento para cobrar as multas e os impostos devidos.Como também prevê a extinção da benesse para deputados federais, a matéria, agora, será encaminhada à Câmara dos Deputados. Após passar pelas comissões e ser votada em plenário, volta ao Senado para promulgação. Informações de bastidores apontam que já existe um acordo entre as lideranças da Câmara para aprovar de maneira célere a matéria sem nenhum tipo de modificação. Ontem, durante a votação, todos os partidos fizeram uma defesa veemente da necessidade de abolição dos rendimentos adicionais. Em março, quando o Correio iniciou uma série de matérias denunciando a regalia, muitos líderes partidários preferiram não se posicionar sobre o assunto e fugiam do tema. O constrangimento era visível. Com a crescente pressão da opinião pública, o cenário foi se modificando. O senador Ivo Cassol (PP-RO) chegou a dizer que o salário de aproximadamente R$ 27 mil era ;muito pouco;.