Ana Maria Campos
postado em 11/05/2012 08:02
Carlinhos Cachoeira, o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Dias Abreu e o diretor da construtora Heraldo Puccini Neto foram denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por formação de quadrilha e tráfico de influência num suposto esquema montado com a finalidade de fraudar o processo de licitação para bilhetagem eletrônica do sistema de transporte público na capital do país. Um negócio avaliado em R$ 60 milhões. Na ação penal, que tramita na 5; Vara Criminal de Brasília, os promotores de Justiça do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) se basearam em escutas da Operação Monte Carlo e em documentos apreendidos no desdobramento da investigação federal contra Cachoeira, a Operação Saint-Michel, realizada há 15 dias no DF, em Goiânia, em Anápolis e em São Paulo.A denúncia inclui o contador da organização liderada por Cachoeira, Giovani Pereira da Silva, que está foragido da Justiça desde 29 de fevereiro; o braço direito do contraventor, Gleyb Ferreira da Cunha; o vereador de Anápolis (GO) Wesley Clayton da Silva (PMDB); e dois supostos lobistas Dagmar Alves Duarte e Valdir dos Reis. Todos teriam se unido e tramado uma estratégia para deixar nas mãos da Delta Construções o controle da receita de todo o sistema de transporte coletivo do DF. O Ministério Público ainda apura a extensão do tráfico de influência. A fraude não ocorreu, mas a ingerência no processo é crime previsto no artigo 332 do Código Penal.
Denunciados
; Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, líder
; Gleyb Ferreira da Cruz, braço direito de Cachoeira
; Giovani Pereira da Silva, contador da quadrilha
; Valdir dos Reis, ex-servidor do GDF
; Cláudio Dias de Abreu, ex-coordenador da Delta para o Centro-Oeste
; Heraldo Puccini Neto, diretor da Delta em São Paulo
; Dagmar Alves Duarte, apontado como lobista
; Wesley Clayton da Silva, vereador do PMDB em Anápolis (GO)