Júnia Gama
postado em 15/05/2012 08:03
O grupo petista ligado aos envolvidos no mensalão aposta na histórica rixa entre a Polícia Federal e o Ministério Público, agravada por declarações recentes da subprocuradora da República, Cláudia Sampaio, para reunir elementos que forcem a ida do marido dela, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, à CPI do Cachoeira. No depoimento que o delegado da PF Raul Alexandre Souza dará hoje ao Conselho de Ética do Senado, o PT irá usar o desencontro entre os discursos de Cláudia, de Raul e de Gurgel e voltará a explorar o fato de o procurador-geral não ter pedido o indiciamento de Demóstenes Torres (sem partido-GO) em 2009, quando recebeu o inquérito da Operação Vegas.[SAIBAMAIS]
Em meio ao cabo de guerra, o deputado federal Luiz Pitiman (PMDB-DF) apresentou um requerimento sugerindo que Gurgel responda por escrito aos questionamentos da CPI. A alternativa já vinha sendo costurada diretamente com o procurador-geral. ;Se Gurgel tiver uma justificativa contundente, a resposta por escrito será suficiente. Se não for, estudaremos o que fazer. Agora, os parlamentares que, de antemão, insistirem na convocação deixarão claro que têm motivações pessoais para levar Gurgel à CPI, por problemas mal resolvidos com a instituição. Temos de vencer essa pauta e voltar ao foco principal, que são as relações de Cachoeira, e não o Ministério Público ou a mídia;, argumentou Pitiman.