Politica

Na abertura da Comissão da Verdade, Dilma cobra verdade sem ódio

Juliana Braga
postado em 17/05/2012 08:02
Com um discurso emocionado e incisivo, a presidente Dilma Rousseff instalou na manhã dessa quarta-feira (16/5) a Comissão da Verdade, que será responsável por investigar violações aos direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, com ênfase no regime militar. Na cerimônia, prestigiada por todos os ex-presidentes vivos do período democrático, Dilma disse que a verdade ;não morre porque foi escondida; e ressaltou que a comissão é uma iniciativa de Estado, não de governo. A presidente chegou a se emocionar durante o discurso e foi aplaudida de pé.

Com a voz embargada, a presidente afirmou que não existe história sem voz. ;É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la;, destacou. Antes, precisou interromper o discurso devido à emoção, ao dizer que ;merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia;.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação