postado em 22/05/2012 17:30
O contraventor Carlinhos Cachoeira não deve comparecer ao Conselho de Ética na quarta-feira (22/5) para testemunhar em defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Ele havia sido convocado para depor, mas segundo seu advogado, Márcio Thomaz Bastos, ele não irá prestar depoimento a favor de Demóstenes.Nesta terça-feira (21/5), Cachoeira ficou calado durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Após pouco mais de duas horas de início, os parlamentares decidiram encerrar a sessão por causa do silêncio do bicheiro.
De acordo com Thomaz Bastos, o Cachoeira não falou por três motivos. Primeiro porque a defesa ainda não teve acesso a todos os documentos do processo e segundo porque existem outros dois processos de Cachoeira na Justiça de Goiânia que vão ser julgados ainda no final deste mês. Além disso, a defesa questiona a legalidade dos áudios do processo e requisitou a íntegra dos mesmos.
Durante a CPMI, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) questionou a relação entre o bicheiro e o governador do DF, Agnelo Queiroz. O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) perguntou se Cachoeira aceitaria a proposta de delação premiada do Ministério ou da Procuradoria-Geral da República para "passar a vassoura no Congresso e na política dos estados". Em sua fala, Francischini ainda insistiu na convocação dos governadores Agnelo Queiroz, Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sergio Cabral (PMDB-RJ).
Praticamente todos os parlamentares demonstraram irritação por conta do silêncio e ironias do bicheiro. Nem mesmo a pergunta do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), sobre como era o dia a dia dele na Papuda, foi respondida. "Por instruções do meu advogado, eu vou permanecer calado", disse ele.