postado em 28/05/2012 19:10
São Paulo ; O presidente do Superior Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, disse nesta segunda-feira (28/5) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser ouvido sobre o suposto encontro com o ministro do STF Gilmar Mendes.;Foi um diálogo protagonizado por três agentes, três pessoas. Dois desses agentes já falaram [referindo-se a Mendes e ao ex-ministro da Justiça Nelson Jobim]. Falta o terceiro. Aguardemos a fala do terceiro;, disse, após participar de evento na capital paulista. ;Dois já se pronunciaram, já explicitaram sua interpretação dos fatos. Ouçamos o terceiro;, acrescentou.
Segundo reportagem da revista Veja, Lula ; em encontro com Gilmar Mendes, que contou com a participação também do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim ; teria pedido a Mendes que ajudasse a adiar o julgamento do processo do mensalão em troca de ser ;blindado; na CPI do Cachoeira.
O ministro não respondeu diretamente se a revelação da conversa faria com que o tribunal colocasse em pauta, mais rapidamente, o julgamento do mensalão. Britto disse apenas que ;chegou a hora de julgar [o processo do mensalão]; e que o processo está maduro para entrar em pauta.
;Na minha opinião, o que a sociedade quer, o que a imprensa pede é compreensível. É o julgamento do processo. Sem predisposição seja para condenar, seja para absolver. O processo está maduro para ser julgado. Chegou a hora de julgar;, ressaltou.
O presidente do STF disse ainda que o revisor do processo do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, não sinalizou, até o momento, se deixaria o processo para a pauta de julgamento ainda no primeiro semestre.
;Junto com o relator, eu já me encontro em fase de logística, de elaboração de cronograma, eu estou na dependência do ministro revisor;, disse. ;Estou preparado para ultimar a logística, a formatação do julgamento e, tão logo o revisor, que é o ministro Lewandowski, disponibilize o processo para a pauta de julgamento, darei início, farei a publicação devida no Diário da Justiça e darei, junto com os outros ministros, início ao julgamento;.