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Quatro depoimentos são previstos para esta terça na CPI do Cachoeira

postado em 05/06/2012 07:13
A CPI do Cachoeira voltará a se reunir hoje com quatro depoimentos previstos em pauta. O mais esperado deles, no entanto, corre o risco de ser cancelado antes do início da sessão: Eliane Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo, conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para ficar em silêncio na comissão. Eliane é acusada de ter recebido de presente um aparelho de telefone do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que a repassaria informações sobre operações da Polícia Federal.

Além de Eliane, a CPI convidou Walter Paulo Santiago, proprietário legal da casa onde Cachoeira morava quando acabou preso pela Polícia Federal, em 29 de fevereiro. De acordo com a PF, o imóvel pertencia ao governador de Goiás, que o vendeu para o bicheiro. A casa, porém, teria sido registrada em nome de uma empresa de Santiago para não levantar suspeitas sobre Cachoeira. Ele também é suspeito de ser o dono de uma universidade que recebia verbas do governo de Goiás.

Outra pessoa aguardada para depor hoje é Sejana Martins, ex-funcionária da instituição de ensino de Walter Santiago e ex-sócia da empresa que aparece como proprietária legal da casa em que Cachoeira morava. A CPI também convidou Écio Antônio Ribeiro, suspeito de ser mais um integrante da sociedade.

Após os depoimentos, o colegiado deverá votar requerimentos para futuras convocações. Entre os prováveis alvos da CPI estão Luiz Antônio Pagot, ex-superintendente do Dnit, órgão que mantém diversos contratos com a construtora Delta, que teria Cachoeira como seu sócio oculto; e Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta. Parlamentares como o senador Pedro Taques (PDT-MT) defendem o comparecimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni, que admitiu ter recebido dinheiro de uma empresa ligada a Cachoeira para prestar serviços à campanha de Marconi Perillo.

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