postado em 13/06/2012 14:46
Depondo desde as 10h30 desta quarta-feira (13/6), o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, negou novamente ter tido qualquer envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira ou com o ex-diretor da Delta, Cláudio Abreu. Nesta manhã, ele se defendeu das acusações de ligações com o esquema criminoso do bicheiro e aceitou a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico.[SAIBAMAIS]O deputado Carlos Sampaio perguntou se Agnelo esteve com Cachoeira ou Cláudio Abreu em um hotel de Brasília, mas obteve resposta negativa do governador, que também disse não ter conhecimento de proximidade de Claudio Monteiro com o contraventor. ;Ele não era próximo. Como que eu sei que é próximo?;.
Terminada a fala de Sampaio, foi a vez do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) fazer perguntas à Agnelo. Ele quis saber quanto vale a casa de Agnelo hoje. Macris lembrou que o governador pagou R$ 400 mil pelo imóvel e perguntou a Agnelo quanto ele gostaria de ter pago pela casa. ;Não sei, não sou corretor;, disse Agnelo. O govenador reafirmou que vai responder a todas as questões, mesmo que não tenham relação com investigação da CPI.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) dedicou seu tempo a elogios e à leitura de trechos das conversas do grupo de Cachoeira reclamando do governo de Agnelo. Citou um trecho de gravação, que indicava que Agnelo sabia de um encontro entre ele e o senador goiano Demóstenes Torres (sem partido). Ela questionou se ele realmente soube que Demóstenes queria conversar, ao que ele negou.
E a sessão de palavras de apoio ao governador seguiu no tempo do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). Ele também perguntou se Agnelo ligou para dar parabéns pelo aniversário de Demostenes, como sugerem escutas da PF na Monte Carlo. Agnelo negou: "Qualquer coisa é motivo para suspeitas".
Com informações de Lilian Tahan