Politica

CPI do Cachoeira aprova quebra de sigilos dos governadores do DF e de Goiás

postado em 14/06/2012 11:47
Parlamentares reunidos em sessão: a quebra do sigilo engloba dados fiscais, telefônicos (incluindo SMS), de e-mails e bancários pelo período de 10 anos

Com maioria dos votos, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidiu formalmente pela quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). A decisão vale por 10 anos e inclui também quebra de sigilo de e de mensagens eletrônicas.

Em depoimento nessa quarta-feira (13/6), Agnelo abriu mão de seus sigilos. Pressionado, Marconi Perillo, que havia se negado a abrir seu sigilo durante seu depoimento na terça-feira (12/6), voltou atrás e também autorizou a quebra. Sua decisão foi comunicada à CPMI pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE).



A bancada da oposição foi hostilizada durante a sessão por ter apresentado um requerimento para convocar a presidente Dilma Rousseff. Vital do Rego, que preside a CPI, rejeitou o pedido, já que não há base constitucional para convocar um chefe do Executivo.

Blindando Cavendish

A Comissão decidiu adiar a convocação do dono da empresa Delta Construções, Fernando Cavendish. O resultado da votação foi anunciado por 16 votos a 13. A proposta de adiamento foi feita pelo relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG). O relator defendeu que os dados da Delta ainda não foram analisados e que, portanto, ainda não há elementos para ouvir Cavendish.

Revolta

Parlamentares da oposição se revoltaram no momento em que os integrantes CPI decidiram também, por 17 votos a 13, o adiamento da convocação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. A proposta de adiamento foi feita pelo relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), que também defendeu o sobrestamento do depoimento do dono da empresa Delta Construções, Fernando Cavendish, por falta de elementos. De acordo com o senador Pedro Taques (PDT-MT), Pagot representa ser um fio desencapado. "Há pessoas que estão com medo do Pagot, que está desesperado para falar. Não podemos transformar essa CPI em uma farsa", argumentou.

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