O desembargador Sérgio Bittencourt, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), negou no começo da noite deste sábado (16/6) liminar em habeas corpus do bicheiro Carlinhos Cachoeira e manteve, portanto, a decisão da juíza Ana Cláudia Barreto, da 5; Vara Criminal de Brasília. No pedido de liberdade, Carlinhos Cachoeira incluiu fotos dos filhos e alegou que as crianças sentem a falta dele. No entanto, o argumento não comoveu.
Cachoeira continua preso por força das acusações da Operação Saint-Michel, deflagrada em 25 de abril, na qual o contraventor e outras sete pessoas foram denunciados pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência ao supostamente tramar para fraudar a licitação de bilhetagem eletrônica do DF.
Em parecer encaminhado à Justiça, o NCOC sustenta que Cachoeira comanda uma rede gigantesca de colaboradores que inclui: delegados e agentes da Polícia Federal (PF), policiais rodoviários federais, policiais civis de Goiás e do DF, policiais militares de alta patente, integrantes do Serviço de Inteligência da Aeronáutica, procuradores de Estado, prefeitos e parlamentares.
Segundo o Ministério Público, Cachoeira tem como principal ocupação a prática de crimes. Por isso, a liberdade dele agora representaria um risco.