Politica

Desembargador diz que sociedade aceita atividades ilegais de Cachoeira

postado em 20/06/2012 20:43
Na decisão em que manda soltar Gleyb Ferreira da Cruz, suposto braço direito do empresário Carlinhos Cachoeira na exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste do país, o desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1; Região (TRF1), relativizou a suposta atividade ilegal do grupo. Segundo Tourinho, mesmo ilegais, os jogos de azar são ;largamente aceitos; pela sociedade.

[SAIBAMAIS]O desembargador disse que o estado de Goiás editou duas leis que autorizavam a exploração de jogos de azar e que só em 2007 o STF derrubou a prática. ;Veja-se que muitos setores da sociedade defendem a legalização dos jogos de azar, visto que a prática é largamente aceita pela sociedade em geral, ainda que seja ilegal;, ressalta em trecho da decisão.

Tourinho também entende não existe crime de formação de quadrilha para pessoas que exploram jogos de azar, lembrando que o principal crime imputado a Gleyb é justamente o da contravenção. Segundo apurações da Polícia Federal, o auxilar de Cachoeira era ;laranja; em empreendimentos do empresário e era considerado seu braço direito.



Apesar de ter conseguido habeas corpus no TRF, Gleyb da Cruz não poderá ser solto porque é alvo de outro mandado de prisão, segundo confirmou o Ministério Público do Distrito Federal. Ele é acusado de participar de esquema de fraude na área de transporte público no Distrito Federal. É a mesma situação vivida por Cachoeira, que continua preso em Brasília após ter conseguido alvará de soltura da Justiça Federal.

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