Politica

Parlamentares se revoltam com postura "direcionada" do relator da CPI

postado em 26/06/2012 13:10
Além do silêncio de testemunhas, o posicionamento do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), também revoltou alguns parlamentares presentes na sessão desta terça-feira (26/6), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o contraventor Carlinhos Cachoeira. Senadores e deputados se irritaram pelo fato de as discussões serem relacionadas apenas à troca de papel de parede e à compra de tintas para a casa de Andressa Mendonça, a mulher do bicheiro.

[SAIBAMAIS]O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) criticou o relator ao ressaltar que ele estava mantendo uma atuação direcionada e evasiva. "Não é o papel da reforma, mas o papel de relator que exerce que está depreciando (...) É a primeira CPI que me sinto diminuído de participar", lamentou. O relator afirmou que não ia ;bater boca; com ele, alegando que todas as argumentações levantadas na CPI seriam investigadas. "Cada coisa no seu tempo, no seu momento;. Pouco antes, o senador Pedro Taques (PDT-MT) questionou o andamento das perguntas do relator. "Gostaríamos que o relator explicasse qual ponto quer buscar para que a gente possa, na nossa ignorância, entender."



Debate sobre a reforma


A única testemunha a depor hoje foi o arquiteto Alexandre Milhomen. Amparados por habeas corpus, concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-assessor do governador Marconi Perillo (PSDB), Lúcio Fiúza Gouthier, e um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, Écio Antônio Ribeiro, evocaram o direito constitucional de permanecerem calados.

Segundo a investigação feita pela Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, Alexandre Milhomen teria recebido de Cachoeira e da mulher dele, Andressa Mendonça, o pagamento de R$ 30 mil pelo serviço. Durante a oitiva, ele contou que, por diversas vezes, escolheu os materiais necessários para a obra e que o pagamento teria sido feito pela proprietária da casa. O arquiteto também ressaltou que não conhecia o governador de Goiás, Marconi Perillo, e desconhecia que esta casa pertencia a ele. "Fui contratado pela senhora Andressa Mendonça para fazer uma casa provisória, que havia sido emprestada por um amigo dela de forma provisória", disse.

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