Politica

Três depoentes da CPI do Cachoeira obtém direito de permanecer em silêncio

postado em 28/06/2012 10:16
Os três depoentes convocados para esta quinta-feira (28/6) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados, conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STJ) habeas corpus assegurando-lhes o direito de permanecer em silêncio. Seriam ouvidos o ex-chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, citado em escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal como possível facilitador do esquema de Cachoeira no governo do DF; O ex-assessor da Casa Militar do DF, Marcello de Oliveira Lopes, que, segundo a Polícia Federal, estava envolvido na tentativa de conseguir a nomeação de um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana (SLU) da capital; E, por útlimo, o ex-subsecretário de Esportes do Distrito federal, João Carlos Feitoza, conhecido como Zunga, suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira e também de ser uma espécie de contato entre o governador Agnelo e o bicheiro. Eles foram chamados a esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Na última quarta-feira (27/6), a CPI ouviu o radialista Luiz Carlos Bordoni, suspeito de ter recebido R$ 600 mil do grupo de Cachoeira. Os outros convocados, Jayme Eduardo Rincón, ex-tesoureiro da campanha do governador e Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete de Perillo, utilizaram o direito de permanecer em silêncio, concedido pelo Supremo Tribunal Federal. [SAIBAMAIS]Bordoni, em seu discurso, contou como conheceu Perillo e falou sobre sua participação na campanha do governo de Goiás, em 1998. "Era marconista convicto. Por Marconi, eu topava qualquer parada", disse. Sobre o pagamento pelo trabalho realizado, o radialista disse que foi passado o número da conta da filha dele, Bruna, e que estavam certos de que Perillo teria feito os depósitos. No entanto, segundo ele, a conta foi usada indevidamente e ela acabou sendo citada como suposta laranja do senador Demóstenes. "Jamais imaginamos que a conta bancária seria passada a terceiros", lamentou". "Pelo meu trabalho limpo fui pago com dinheiro sujo". O radialista ressaltou que o contrato de trabalho para a campanha foi verbal, entre ele e Perillo, ficando os impostos por conta da campanha. Atestou que recebeu dinheiro do "Caixa 2" de Perillo. "Se acharem meu nome no contrato que Perillo apresentou aqui, eu engulo esta folha", disse.

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