A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI), que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados, agendou quatro depoimentos para esta terça-feira (3/7). A reunião está marcada para as 10h15.
Entre os convocados estão pessoas apontadas como integrantes da organização criminosa, comandada pelo contraventor, e responsáveis por empresas que teriam recebido propina da organização. O primeiro a depor será Joaquim Gomes Thomé Neto, apontado como um dos ;arapongas; do grupo. Outro depoente será o ex-presidente do Detran de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula, que teria sido indicado para o cargo pelo Cachoeira. Edivaldo aparece em ligações interceptadas pela polícia em conversas com integrantes do grupo.
[SAIBAMAIS]Também será ouvida Ana Cardozo de Lorenzo, a sócia da empresa Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, que teria sido contratada pela campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás e recebido o pagamento em cheques da empresa Alberto & Pantoja. Rosely Pantoja da Silva, sócia da Alberto & Pantoja, também prestará depoimento. A empresa é apontada como integrante do grupo de Cachoeira.
Novas convocações
Na próxima quinta-feira (5/7), também às 10h15, a CPI realiza reunião administrativa para apreciar requerimentos. Parlamentares de oposição e até integrantes da base do governo, como o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), têm insistido para que a comissão convoque o ex-presidente da empreiteira Delta, Fernando Cavendish e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. A convocação já foi adiada pelos parlamentares no último dia 14.
O ex-presidente da Delta, uma das principais empreiteiras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), teria afirmado nas gravações interceptadas pela polícia que é possível comprar políticos. Há indícios de que a empreiteira atuava em parceria com o grupo de Cachoeira. Já o ex-diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, tem se colocado á disposição da CPI para falar sobre a atuação da Delta e as relações da empresa com agentes públicos.
Com informações da Agência Senado