O policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, um dos quatro convocados para esclarecer fatos na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista desta terça-feira (3/7), enviou um atestado médico à comissão pedindo o adiamento de seu depoimento. A CPI apura as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e empresários.
Apontado como um dos ;arapongas; do grupo, o policial aposentado alega não estar em condição plena de saúde, ;tendo oscilações de pressão e tonteiras sucessivas;.
Joaquim também obteve na Justiça um habeas corpus assegurando-lhe o direito de permanecer em silêncio na comissão. A liminar foi deferida pela presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Outros convocados
Dos quatro depoimentos marcados para esta terça-feira (3/7) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, apenas um deverá ocorrer.
Os deputados e senadores da CPMI só terão a oportunidade de ouvir o depoimento da empresária Ana Cardozo de Lorenzo, sócia da Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, empresa contratada na campanha de 2010 do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Essa empresa recebeu depósitos da Alberto, indicada pela Polícia Federal como empresa fantasma do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Os agentes da Polícia Legislativa não conseguiram notificar o ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso. A alegação é que ele estava em viagem. Cardoso teria sido indicado ao cargo por Cachoeira. No relatório dos policiais entregue à CPI, eles informaram que a empregada da casa de Cardoso, em Goiânia, disse que tinha ordem para nem receber nem assinar qualquer documento.
A empresária Rosely Pantoja também não foi localizada. Ela é responsável pela empresa Alberto. De acordo com o relatório dos policiais entregue à CPMI, o irmão de Rosely, Carlos Alberto Rodrigues da Silva, informou que há dois anos não sabe o paradeiro dela.