postado em 09/07/2012 08:17
O poderio dos partidos nos estados sinaliza o potencial deles nas eleições municipais deste ano. Siglas que conseguiram aumentar o número de governadores de 2002 para 2006 ampliaram também a quantidade de prefeitos dois anos depois, na corrida eleitoral de 2008. Se a tendência se concretizar em 2012, PSB e PSDB largam na frente para aumentar a capilaridade nos 5.565 municípios da federação, podendo incomodar a hegemonia do PMDB, maior detentor de prefeituras do país, e fertilizando o terreno para as disputas parlamentares de 2014. O PT conta com a alta popularidade da presidente Dilma Rousseff e as poderosas turbinas da máquina federal ; tem também o maior número de candidatos.
A lógica sugerida pelos números aponta um panorama preocupante para o PMDB. O maior partido brasileiro elegeu cinco governadores em 2010, dois a menos do que em 2006. A relação entre quantidade de executivos estaduais e municipais, porém, não é variável única na equação das urnas. E outros fatores determinantes para o sucesso eleitoral pesam a favor da legenda, como a larga presença nos ministérios do governo Dilma. Presidente do PMDB, o senador Valdir Raupp (RO) não esconde: vai jogar pelo empate. Manter o comando das 1.207 cidades que já governa é bom resultado. ;Obviamente, o partido do governador, normalmente, elege mais prefeitos. E o fato de termos perdido em alguns estados nas últimas eleições influencia nas nossas pretensões. Além disso, este ano, há mais partidos. É provável que haja uma redistribuição de poder;, analisou Raupp.